De uns tempos para cá, os chamados jogos metroidvania tiveram um grande aumento em sua popularidade. Por consequência, os devs começaram a apostar cada vez mais nas ideias desse gênero que mescla características das franquias Metroid e Castlevania.
Pois é! Os jogos desse tipo reúnem elementos oriundos de duas séries lendárias e sempre conseguem prender a atenção dos jogadores. Logicamente, de vez em quando, temos aventuras que conseguem inovar, adicionando mecânicas típicas dos famosos soulslikes, roguelikes e por aí vai…
Enfim, o fato é que estamos falando de um gênero com tantos fãs que eu decidi montar uma lista com 19 jogos metroidvania que merecem atenção. Portanto, se você deseja conhecer algumas aventuras de alto nível, a fim de dar o seu apoio aos criadores de jogos indie, sugiro que não deixe de acompanhar até o fim… vamos lá?
Por que os jogos metroidvania merecem atenção?
Além de todo o apelo nostálgico, por conta das referências às franquias Metroid e Castlevania, os jogos metroidvania merecem atenção por vários outros motivos. Por exemplo, os mapas interconectados (cheios de locais secretos) acabam incitando muitas explorações. E, claro, os desafios típicos dos jogos de plataforma também são pontos de destaque, assim como:
- As construções gráficas, que têm aquele ar retrô 2D ou um estilão 2.5D diferenciado;
- As batalhas intensas, que hoje já contam com uma “pitada de soulslike”;
- A falta de linearidade, que acaba nos forçando a ir e vir pelos mapas, a fim de avançar com a história.
De modo geral, podemos dizer que os Metroidvanias simplesmente têm o melhor de duas franquias e ainda receberam ideia oriundas de outros gêneros. Com isso, eles acabam oferecendo horas e horas de um gameplay que pode agradar a vários tipos de jogadores, mas agora… vamos aos exemplos!
Odallus: The Dark Call (2015)
Para abrir esta lista com jogos metroidvania, meu eleito é um dos maiores jogos brasileiros já lançados, ou seja, Odallus: The Dark Call. Esse título conseguiu chamar a atenção dos players mais veteranos por conta das suas belas construções, que remetem ao clássico Castlevania III: Dracula’s Curse.
Odallus: The Dark Call tem um ar “bem retrô” e uma paleta de cores bastante diferenciada, o que garante uma experiência visual singular. Além disso, o gameplay é muito desafiador, o que faz o jogo ser uma opção mais interessante para os players que não têm medo de encarar fases e chefões complicados.
Touhou Luna Nights (2019)
Falemos agora de um dos títulos mais bem avaliados pelos fãs de jogos metroidvania: Touhou Luna Nights. Esse é um jogo que surpreende qualquer um, oferecendo uma movimentação rápida e dinâmica, além de elementos que o elevam ao patamar de grandes jogos de ação.
Touhou Luna Nights coloca os players no controle de uma personagem que parece indefesa, mas que exibe um grande poder. O título também conta com uma bela mecânica de controle do tempo, o que favorece a resolução de puzzles e pode ser uma vantagem estratégica nos combates.
Momodora: Reverie Under The Moonlight (2016)
Momodora: Reverie Under The Moonlight é mais um jogo brasileiro que merece ser destacado nesta lista. Desde que foi lançado, o game tem garantido momentos muito emocionantes para os players, com seu visual retrô, sua mecânica de combos e sua bela trama.
Dentre os muitos destaques de Momodora: Reverie Under The Moonlight, o level design e as desafiadoras lutas contra os chefões são os elementos que mais “saltam aos olhos”. O jogo é bem simples, em termos de construção, mas consegue “prender” os players do início ao fim.
Mark of the Ninja: Remastered (2018)
Mark of the Ninja: Remastered é a versão otimizada do grande game que estreou em 2012 e marcou época. O título é um dos metroidvanias mais interessantes que eu já joguei, pois seu gameplay conta com elementos de furtividade que deixam a jornada muito mais emocionante.
Além da qualidade da jogabilidade, Mark of the Ninja: Remastered merece ser enaltecido por suas temáticas maduras, que envolvem questões psicológicas, batalhas entre clãs, seppuku, etc. E como a versão remaster está mais linda do que nunca, essa opção se torna praticamente obrigatória.
Hollow Knight (2017)
Falando em títulos obrigatórios, Hollow Knight é mais uma opção que não pode faltar no currículo de um fã de jogos metroidvania. O jogo conta com um estilo artístico único e certos elementos do gameplay também o tornam um belo exemplo de jogo soulslike.
Em linhas gerais, Hollow Knight é um jogo sombrio, no qual insetos são os grandes protagonistas. As lutas são eletrizantes e o nível de dificuldade é absurdo. Aliás, se me permite a sugestão, não perca muito tempo vislumbrando os belos cenários do game. Tudo é muito lindo, mas o perigo não descansa.
Ender Magnolia: Bloom in the Mist (2025)
Cumprindo a missão de superar um antecessor simplesmente incrível, Ender Magnolia: Bloom in the Mist foi otimizado durante o tempo em que esteve disponível por meio do regime Early Access e se tornou um dos metroidvanias que melhor adaptam as ideias oriundas dos jogos soulslike.
O game ainda merece elogios por apresentar cenários “dark fantasy” muito bem construídos e mecânicas de combate únicas. Como bônus, ainda temos uma trilha sonora impecável e uma trama que nos deixa bem inquietos e com muita vontade de consumir tudo de uma só vez.
Nine Sols (2024)
Outro metroidvania/soulslike que não poderia ficar de fora desta seleção é Nine Sols. Esse jogo chama muita atenção ‘logo de cara”, pois suas construções gráficas são impressionantes e sua narrativa é tão bem construída, que a gente fica “na fissura” para chegar até o fim da história.
É bom lembrar também que o sistema de combates do game teve o lendário Sekiro: Shadows Die Twice como fonte de inspiração e isso já é um atestado do alto nível de dificuldade da experiência. Logo, essa é uma experiência hardcore que só os mais habilidosos podem encarar.
The Messenger (2018)
Voltando a falar dos ninjas, temos aqui o aclamado The Messenger. O game foi um dos destaques em um ano que foi ótimo para games indie e conquistou uma legião de fãs com seu estilo retrô (que remete à “era do nintendinho”) e suas fases extremamente desafiadoras.
The Messenger coloca os players na pele de um ninja que tem a missão de entregar um pergaminho muito importante para salvar o seu clã. A trama é bem interessante e vale lembrar que o game Sea of Stars, que será lançado em 2023, funcionará como um prólogo para essa aventura.
Dead Cells (2018)
Esta lista esbarra agora em outro dos meus favoritos. Sim! Dead Cells é um dos games mais viciantes que joguei nos últimos tempos e aquele que mais pune os players que morrem. Isso acontece, pois o game reúne elementos típicos de jogos roguelike, o que transforma o ato de morrer em um sinônimo de “perda de itens e habilidades”.
Dead Cells não tem checkpoints, não dá moleza, não tem mapas fixos… enfim, cada vez que você inicia uma fase, um novo conjunto de perigos é apresentado. E o melhor é que tudo é exibido com um belo estilo artístico e uma paleta de cores muito bem construída. Sem dúvidas, um dos grandes jogos desta lista!
Bloodstained: Ritual of the Night (2018)
No ponto médio desta lista com jogos metroidvania, temos o ótimo Bloodstained: Ritual of the Night. O game nasceu graças a uma campanha de financiamento coletivo muito bem-sucedida e obteve destaque por ser uma criação de Koji Igarashi, ex-produtor da franquia Castlevania.
Na verdade, a presença de Igarashi no comando da produção justifica todas as construções exibidas pelo game. Bloodstained: Ritual of the Night pode ser considerado como um sucessor espiritual de Castlevania, mas também se destaca por ser um produto original e cheio de grandes atrativos.
Dust: An Elysian Tail (2013)
Provando que jogos metroidvania podem ser lindos, temos aqui o incrível Dust: An Elysian Tail. Esse game se destaca por ser um dos mais impactantes, em termos de visual, e surpreende ainda mais por ter sido um projeto desenvolvido por uma única pessoa. Dá para acreditar?
Marcado por oferecer um gameplay cheio de ação, Dust: An Elysian Tail traz um protagonista bem interessante e uma trama que consegue promover uma bela experiência imersiva. Os cenários são impecáveis e toda a jogatina se desenrola de um modo bem fluído. Em suma, uma verdadeira obra-prima.
Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth (2021)
Apesar de Bloodstained: Ritual of the Night ser considerado como o sucessor espiritual de Castlevania, na minha visão, Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth é o jogo que mais remete à franquia. Para ser mais específico, as semelhanças com Castlevania: Symphony of the Night são gritantes.
De qualquer forma, mesmo que as construções de Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth remetam ao melhor jogo da franquia da Konami, é inegável que o game promove uma aventura única. A trama é muito bem desenvolvida e certos elementos do gameplay levam o gênero metroidvania para uma “era mais moderna”.
Guacamelee! (2013)
Como Castlevania e Metroid são duas franquias que têm atmosferas sombrias, os jogos metroidvania acabaram herdando essa característica. Nesse sentido, Guacamelee! acaba se apresentando como uma opção bem diferenciada, já que o festeiro mundo mexicano é que “dá o tom” das construções.
Na aventura, os players assumem o papel de “luchadores mascarados” e enfrentam perigos típicos da cultura e do folclore do México. O jogo é dotado de muitos momentos cômicos e é uma ótima opção para quem curte uma boa jogatina cooperativa.
Valfaris (2019)
Valfaris é um metroidvania que pende mais para o “lado Metroid” do gênero. O título se destaca por oferecer um gameplay eletrizante, que ganha um apelo ainda maior por conta da trilha sonora. Pois é! Esse é o game perfeito para fãs de Heavy Metal.
Além de ser ótimo para os ouvidos, Valfaris também encanta com seu estilo visual e sua paleta de cores diferenciada. A ambientação sci-fi e os grandes desafios do game merecem muita atenção. Sendo assim, sugiro que não deixe de conferir (preparando-se para encarar grandes desafios).
The Vagrant (2018)
Para quem gosta dos jogos metroidvania por conta dos elementos típicos de jogos de RPG, The Vagrant pode ser a melhor dentre as opções apresentadas aqui. E basta experimentar a aventura por alguns minutos, para perceber por que isso é verdade.
Muitas das construções do game remetem ao primeiro Valkyrie Profile (que brilhou no PS1, em 1999). Obviamente, com essa referência, o apelo de The Vagrant, que ainda oferece um ótimo gameplay e uma trama cheia de reviravoltas, aumenta ainda mais. Resumindo, um ótimo jogo.
Islets (2022)
Esbanjando simpatia, Islets tem construções gráficas com uma pegada meio minimalista e isso acaba gerando uma vibe mais pacífica para o game. E o mais legal é que essa escolha de design “casa” muito bem com a proposta da trama e o carisma do protagonista.
Mesmo assim, a experiência não deixa de ser desafiadora e gratificante. Os chefões são bem complicados e a exploração é um ponto alto, pois o mapa interligado é enorme e, ao explorá-lo, a gente fica com a impressão de estar montando um verdadeiro quebra-cabeças.
Prince of Persia The Lost Crown (2024)
Por ter transportado sua clássica franquia de volta para a estrutura dos jogos de rolagem lateral, Prince of Persia The Lost Crown acabou deixando os mais saudosistas bem satisfeitos. No entanto, a adição das ideias típicas dos jogos metroidvania acabou funcionando como “a cereja do bolo”.
E como a franquia Prince of Persia pertence à gigante Ubisoft, o título apresenta um requinte maior em certos aspectos, como a perspectiva 2.5D e certas cutscenes. Felizmente, em termos de gameplay, a aventura é tão criativa quanto as melhores opções do gênero, o que faz o game realmente merecer um olhar mais atento.
Blasphemous (2019)
Exibindo construções inspiradas na iconografia cristã, Blasphemous é um metroidvania no sentido mais amplo do gênero. O jogo encanta com a sua ambientação, seu gameplay e seu alto nível de dificuldade. Sem contar que a trama é muito interessante.
Outro grande destaque de Blasphemous é o fato de o game “resgatar” o desafio da exploração. Isto é, de certo modo, os players acabam sendo compelidos a completar os mapas, resolver puzzles e “desbloquear” todos os mistérios escondidos nesse game lindo. Não deixe de conferir!
Salt and Sanctuary (2016)
Para arrematar esta lista, escolhi um game que não é só um grande metroidvania, mas um detentor do título de “Dark Souls 2D”. Logicamente, estou falando de Salt and Sanctuary, que conquistou a sua legião de fãs, com mecânicas diferenciadas e uma aplicação inteligente de elementos de RPG.
Salt and Sanctuary se passa em uma ilha muito estranha e sombria, na qual um terrível poder maligno “comanda as ações”. O jogo é marcado por um alto nível de dificuldade e faz com que a escolha dos equipamentos tenha grande peso sobre a forma como o player encara os desafios. Imperdível!
Jogos Metroidvania: só a “ponta do Iceberg”!
Nesta lista, tratei de apresentar 15 grandes ícones do gênero metroidvania. No entanto, posso afirmar, com segurança, que essa é apenas a “ponta do Iceberg”, ou seja, os jogos desse tipo se tornaram tão populares nos últimos anos, que o número de opções à disposição dos players já é assustador.
Portanto, se você conhece outros jogos metroidvania de qualidade, peço que não deixe de compartilhar o post e fazer as suas indicações. Desse modo, nós vamos conseguir criar uma lista ainda melhor para representar a grandeza desse ótimo gênero de forma perfeita. Até a próxima…