Apesar de o termo JRPG indicar que estamos falando de jogos de RPG oriundos do Japão, com o tempo, ele passou a ser usado para representar um subgênero com características muito bem definidas e diversos títulos de alto nível.
Por conta disso, hoje em dia, podemos dizer que um jogo é um JRPG mesmo se ele não tiver sido produzido no Japão. Isto é, se o título em questão tiver elementos que remetem aos grandes clássicos do subgênero, ele poderá receber esse rótulo sem problemas.
E foi por saber disso que eu resolvi montar esta seleção. Afinal, falar sobre as principais franquias que acabaram definindo o subgênero JRPG é a forma mais rápida e interessante de entender como os jogos desse tipo funcionam, não é verdade? Sendo assim, se você curte jogos desse tipo (ou quer começar a curtir) é bom não deixar de ler até o fim… vamos conferir a lista?
Dragon Quest (desde 1986)
Nada mais justo do que abrir esta lista citando a lendária franquia Dragon Quest. Afinal, o primeiro título dessa lenda do subgênero JRPG foi lançado em 1986, o que torna a série uma das mais antigas. E sim, o currículo dessa “entidade” possui títulos incríveis.
Considerando apenas a série principal, a franquia Dragon Quest tem 11 games. No início, as aventuras tinham características muito semelhantes, mas os jogos mais modernos conseguiram promover uma evolução incrível. Logo, vale a pena dar uma olhada nos títulos.
Xeno (desde 1998)
A história da franquia Xeno é bem curiosa. Seu primeiro jogo foi criado pela Square Enix (o lendário Xenogears) e a série que veio na sequência (Xenosaga) ficou sob a responsabilidade da Bandai Namco. Atualmente, a série Xenoblade Chronicles é desenvolvida pela Monolith Soft, que é uma subsidiária da Nintendo.
De qualquer forma, o fato é que, apesar dessas mudanças nas equipes de criação, a essência da franquia sempre foi mantida, assim como o bom nível dos jogos. Aliás, os temas abordados nas aventuras são bem variados e maduros, chegando a usar trabalhos de grandes pensadores, como Nietzsche, Freud e Carl Jung.
Valkyrie (desde 1999)
Apostando na mitologia nórdica, a franquia Valkyrie conseguiu conquistar uma boa série de fãs. Não à toa, um novo jogo foi lançado há pouco tempo pela Square Enix e conseguiu fazer muito sucesso, mesmo alterando um pouco as estruturas do primeiro game (que é o mais amado até hoje).
Na verdade, mudanças no estilo dos jogos da franquia são comuns, especialmente no que diz respeito aos sistemas de batalha. Todavia, no fim das contas, sempre temos histórias dignas de nota, na qual a figura da Valquíria é um destaque importante.
Mana (desde 1991)
Curiosamente, o primeiro jogo da franquia Mana pertenceu à franquia Final Fantasy. Pois é! Segundo conta a história, esse título foi lançado para o Game Boy e deu origem à lendária série. De modo geral, os jogos têm um gameplay com um pouco mais de ação e sempre apresentam um estilo artístico impecável.
Não faz muito tempo, uma versão remake de Trials of Mana (de 1995) foi lançada e seu sucesso conseguiu provar que a franquia Mana ainda é muito amada pelos players. Além disso, esse jogo deixou claro que as novas aventuras (se elas estiverem a caminho) terão elementos bem atrativos. E só para constar: Legend of Mana é um dos meus jogos favoritos.
The Legend of Heroes (1989)
Apesar de só ter começado a ganhar força no ocidente com a subsérie Trails, a franquia The Legend of Heroes é mais uma “vovozinha” dentro do gênero JRPG. Seus jogos possuem grandes variações, em termos de gameplay, mas os objetivos são sempre os mesmos: contar histórias cativantes.
Conforme eu destaquei, foi com a subsérie Trails que a franquia The Legends of Heroes começou a chamar a atenção aqui no ocidente. E não foi sem motivos. Essa “parte” do currículo da série é realmente arrebatadora e ainda não foi concluída, ou seja, a aventura vai continuar evoluindo.
Suikoden (desde 1995)
Dentre as muitas franquias “congeladas”, Suikoden é uma daquelas que mais deixam saudades nos corações dos fãs. A série principal ofereceu 5 títulos de ótima qualidade, com destaque para Suikoden II, e alguns spin-offs foram lançados, mas a produção foi encerrada em 2012.
Tendo como principais destaques a grande quantidade de personagens jogáveis e os combates em turnos cheios de boas opções estratégicas, a franquia Suikoden é uma “gigante adormecida” que merece ser relembrada em qualquer seleção dedicada ao subgênero JRPG.
Breath of Fire (desde 1993)
Ainda na linha das franquias que são “gigantes adormecidas”, temos a franquia Breath of Fire. Essa é uma série que surgiu no Super Nintendo e logo chamou a atenção por conta do seu protagonista que se transformava em dragão e suas mecânicas únicas.
Infelizmente, o último jogo da série principal (que foi lançado em 2002) acabou não fazendo o sucesso esperado e nunca mais tivemos novidades. Em 2016, um novo Breath of Fire chegou a ser lançado no Japão, mas a recepção foi péssima. Será que um dia veremos o retorno dessa lenda?
Ys (desde 1987)
Por mais que alguns títulos da clássica franquia Ys sejam marcados por certas experiências, podemos dizer que a série se destaca por pender um pouco mais para o lado dos jogos de ação e aventura. No entanto, sua essência ainda a coloca dentro do gênero JRPG e a torna uma força a ser reconhecida.
É bom destacar também que a franquia Ys foca nas aventuras do herói Adol Christin (apenas o Ys: Origin foge a essa regra). Por conta disso, a gente sempre fica querendo saber qual será o próximo capítulo da jornada. Detalhe: essa série conta com alguns chefões desafiadores.
Star Ocean (desde 1996)
Pegando emprestadas muitas ideias da franquia Tales of, a franquia Star Ocean sempre chamou a atenção dos fãs do subgênero JRPG, por conta da aposta em temáticas sci-fi. Desde a primeira aventura, as jornadas nas estrelas e as belas histórias conseguiram cativar muita gente.
Em 2009, o ótimo Star Ocean: The Last Hope foi lançado e se tornou o último game da franquia. Porém, um novo Star Ocean está a caminho e tudo indica que essa novidade vai respeitar o legado da série e, ao mesmo tempo, colocá-la em uma nova fase.
Persona (desde 1996)
Com uma série principal marcada por cinco títulos incríveis e muitos spin-offs, remakes e remasters, a franquia Persona está sempre figurando nas listas de favoritos de muitos players. Inicialmente, o apelo do jogo era as criaturas conhecidas como personas.
Contudo, a partir do terceiro título, a série Persona passou a ficar conhecida por oferecer funcionalidades típicas de jogos de simulação da vida real. Desse modo, o nível de imersão dos jogos aumentou consideravelmente. E como as histórias sempre foram ótimas, a série continua em alta junto aos fãs do subgênero JRPG.
SaGa (desde 1989)
Dentre todas as franquias criadas pela Square, SaGa é a mais “underrated”, ou seja, estamos falando de uma série com muitos anos de vida, mas que nunca chegou a receber a atenção que outros produtos da desenvolvedora japonesa receberam (apesar de merecer).
O primeiro game da franquia foi lançado em 1989 e foi o primeiro JRPG a estrear em um console portátil. Curiosamente, na América do Norte, o game foi chamado de The Final Fantasy Adventure, mas essa aventura e toda a série tem como diferenciais o alto nível de dificuldade, a jogatina não linear e as histórias focadas em diversos protagonistas.
Final Fantasy (desde 1987)
Citada por muitos como o maior nome entre as franquias de RPGs japoneses, Final Fantasy é mais uma “entidade” do mundo dos games. Sua série principal conta com quinze jogos (o 16º está a caminho) e alguns spin-offs se tornaram verdadeiras lendas, como é o caso do meu amado Final Fantasy Tactics.
Em todos os capítulos da sua gloriosa história, a franquia Final Fantasy ofereceu aos players alguns personagens incríveis, mundos que mesclam fantasia e ficção científica, histórias cheias de elementos épicos e sistemas de jogo que se tornaram referência para o subgênero. Resumindo, essa é “A representante dos jogos desse tipo”.
Tales of (desde 1994)
Junto com Final Fantasy e Dragon Quest, a franquia Tales of forma a “santíssima trindade” dos JRPGs. Como essa é a minha franquia favorita, sou suspeito para falar sobre ela. Ainda assim, não tenho medo de dizer que seus personagens e seus sistemas de combates são um espetáculo à parte.
Todos os jogos da franquia Tales of, com destaque para Tales of Vesperia e Tales of the Abyss, focam no desenvolvimento dos personagens e suas histórias. Com isso, a gente acaba sendo compelido a continuar acompanhando tudo até o fim. Os 17 jogos da série principal não são perfeitos, mas sempre têm algo especial para oferecer.
Ajude a aprimorar esta lista com franquias lendárias do subgênero JRPG
Conforme pôde notar, os JRPGs são verdadeiras lendas da indústria dos games e as principais franquias do subgênero, salvo algumas tristes exceções, continuam fazendo sucesso até hoje. Ademais, a força desses jogos é tão grande que ainda temos outras franquias que sempre merecem um carinho especial.
Portanto, gostaria de contar com o seu apoio em uma coisinha rápida: você poderia compartilhar o post e citar as suas franquias favoritas ou algum JRPG que marcou a sua vida? Dessa maneira, vamos ficar com uma lista perfeita para qualquer iniciante usar como base. Conto com a sua ajuda. Até a próxima…