No início do mês de março, enquanto fazia algumas pesquisas, com vistas a encontrar notícias interessantes para o The Game Times, me deparei com uma história curiosa, na qual um garotinho de apenas oito anos assinou um contrato de milhares de dólares para se tornar um jogador profissional de Fortnite.
Assim que acabei de ler o referido texto, pensei: “é… jogar videogame não é mais uma simples brincadeira”. Quando eu era criança, sonhava em ficar jogando durante muitas horas, apenas pelo prazer da experiência. Agora, crianças da mesma idade (que eu já tive) estão trocando esse velho sonho por uma chance no mundo dos eSports. E muitas já estão faturando rios de dinheiro com isso.
Logicamente, não foi com essa história que a “minha ficha caiu”, mas a situação me fez pensar. Daí, conversando com algumas pessoas, percebi que ainda há aqueles que continuam não reconhecendo esse novo paradigma do mundo dos games. Por conta disso, resolvi criar uma lista com três provas irrefutáveis de que jogar videogame deixou de ser uma simples brincadeira… vamos conferir?
Games são alvo de diversos estudos científicos
Não faz muito tempo, a OMS (Organização Mundial de Saúde) reconheceu o “vício em jogos eletrônicos” como uma patologia. Isto é, as pessoas que adotam um comportamento compulsivo em relação à jogatina são consideradas como indivíduos doentes. E isso já nos dá uma pista sobre o caráter mais sério que os jogos eletrônicos assumiram nos últimos tempos. Felizmente, os games também são citados em experiências com resultados mais positivos. Por exemplo, não faltam estudos para comprovar que jogar videogame pode melhorar uma boa série de funções cerebrais e alguns jogos, conforme aponta uma publicação da Betway, site apostas em eSports, são indicados para quem possui TDH (Transtorno de Déficit de Atenção e Habilidade).
Enfim, se fôssemos falar sobre a relação entre games e ciência, entraríamos em uma longa discussão. Contudo, o fato é que, por ser alvo de tantos estudos, não se pode negar que o segmento dos jogos eletrônicos já é visto com outros olhos por pesquisadores e intelectuais.
A indústria dos Games movimenta muito dinheiro
A afirmação sugerida no título apresentado acima ganhou ainda mais força nestes tempos de pandemia. Afinal, apesar de outros segmentos estarem “em apuros”, a indústria dos games segue faturando e melhorando os seus resultados de forma exponencial.
E não, não estou falando apenas sobre as vendas de jogos e consoles. O segmento dos eSports também apresentou números assustadores, mesmo com o cancelamento de diversos eventos presenciais. Foram milhões de espectadores e milhões de dólares oferecidos, a título de premiação.
Além do mais, assim como acontece com os esportes tradicionais, os eSports acabam, por consequência, movimentando outros segmentos, como a indústria do entretenimento, as mídias sociais e os maiores sites de apostas esportivas. Aliás, alguns desses sites possuem seções específicas para as competições de jogos eletrônicos.
Os “Pro Players” têm “rotinas de atleta” e faturam alto
Apesar de os motivos apresentados acima serem ótimos para indicar que jogar videogame já deixou de ser uma brincadeira, o maior exemplo, sem sombra de dúvidas, é o surgimento dos chamados “Pro Players”. Esses gamers elevaram a jogatina a um outro nível e fizeram dela o seu grande ofício.
Sendo peças centrais de um segmento que não para de crescer e que movimenta tanto dinheiro, os “Pro Players” recebem o mesmo tipo de atenção que seria dado a um jogador de futebol, por exemplo. E sim, esse tratamento também envolve diversas restrições e árduas sessões de treinamento.
No que tange aos salários dos “Pro Players”, é bem verdade que nem todos faturam tanto quanto somos levados a crer, mas, pense bem, o simples fato de alguém ganhar a vida jogando videogame já é motivo suficiente para a gente começar a levar a ideia a sério.
E agora eu pergunto: “caiu a ficha”?
Sem querer me aprofundar muito nos pormenores e longe de ter a intenção de gerar debates acalorados, meu texto tratou apenas de expor alguns fatos capazes de provar que jogar videogame já deixou de ser uma brincadeira há um bom tempo.
Obviamente, ter uma noção clara acerca dessa mudança de perspectiva não impede ninguém de continuar aproveitando os games para relaxar e se divertir. O ponto aqui foi mostrar que alguns estereótipos inerentes aos jogos eletrônicos estão caindo por terra e, com o passar do tempo, o segmento está adotando um caráter muito mais sério e semelhante ao dos esportes tradicionais. Até a próxima…