Só agradece! Gustavo “Baiano” Gomes, criador de conteúdo de League of Legends e idealizador do CBolão, um campeonato beneficente de LOL com grandes nomes do cenário brasileiro, prestou contas esta semana sobre a doação de metade dos R$ 79 mil reais arrecadados durante a segunda edição do evento.
O CBolão, que foi realizado na época em que ocorreu o apagão no Amapá, teve como objetivo arrecadar doações para socorrer o estado que ficou 21 dias sem energia elétrica.
Nas palavras do ex-jogador e hoje criador de conteúdo, as doações deste ano tiveram que ser diferentes das últimas edições: “Acho que se fosse em outros tempos, a gente faria o evento e tudo iria para melhorar o Natal das pessoas carentes. Mas, tivemos um ano complicado e a época do campeonato coincidiu com o ocorrido no Amapá. Ver as notícias que tinham pessoas dormindo na frente dos carros, para aproveitar a luz do farol e evitar os mosquitos, me sensibilizou muito. Como ainda não tínhamos definido quem iria ajudar com as doações, resolvemos ajudar eles”.
Quando realizou o primeiro campeonato, Baiano enfrentou dificuldades para concretizar as doações, como o prazo para sacar o valor arrecadado para utilização. Desta vez, ele se preparou para este tipo de problema, mas surgiram outras questões que atrasaram a realização da doação.
Como ele mesmo relata: “Cada etapa para concretizar a doação tem que ser planejada e avaliada. Neste ano, tivemos muito cuidado ao selecionar a instituição que receberia a ajuda pois, quando se realiza um arrecadação, você cria uma responsabilidade com as pessoas que contribuíram. O primeiro passo foi procurar pelas ONG’s mais conhecidas, porém, não deu certo, pois elas não atendiam a região do Amapá. Decidimos então realizar um contato com o ex-prefeito da cidade, buscando opções para ajudar. Foi quando nos recomendaram o nome do Dr. Pedromar, que nos ajudou com o andamento das doações”.
Pedromar Valadares trabalhou ativamente para auxiliar no processo de doação
Pedromar Valadares, Coronel Bombeiro Militar Médico da Defesa Civil do Amapá, foi a pessoa que trabalhou ativamente para auxiliar no processo de doação, ele comentou um pouco sobre esta doação.
“Foi muito importante para nós receber esta doação. Foi motivo de muita alegria poder receber estas máscaras e imediatamente distribui-las para nossas unidades de atendimento na região do Amapá, onde praticamente no mesmo dia em que chegaram, ja foram usadas em pacientes para evitar entubação. Em nome da Defesa Civil, agradeço imensamente a todos, ao Baiano e aos seus amigos. Este tipo de ação humanitária é o que nos motiva para continuar lutando muito e buscando salvar mais vidas nesta guerra. Diante das dificuldades, qualquer ajuda é bem vinda, qualquer apoio é sempre necessário e importante para superar este período mais crítico que estamos passando, contando com a ajuda e apoio de todos.”
Com o dinheiro arrecadado, 50% do valor foi destinado aos ganhadores desta edição do CBolão, que foi o time de ex-jogadores da CNB, com Tinowns, Yampi, PBO, Wos e Robo. O restante do valor, o total, foi utilizado na compra de 28 máscaras, sendo que 22 foram do modelo Bipap (Máscara facial total FitLife – Philips Respironics), um equipamento hospitalar, que custa em média R$ 1.500,00 e é destinado aos pacientes que precisam de um tratamento prévio para evitar o processo de intubação. Quem auxiliou nessa missão foi o Dr. Pedromar, que orientou qual produto estava em falta nos hospitais da região. Como neste momento a energia já havia sido restabelecida, o foco foi na principal carência que o Estado tinha para definir o que seria doado.
O próximo passo foi encontrar o produto no fornecedor que, com a crise mundial da COVID-19, não dispunha da quantidade total. A solução foi dividir as entregas, entregando as únicas 6 máscaras do estoque em fevereiro e importando o restante, para a entrega em março. O estado do Amapá, em solidariedade com os hospitais de Manaus, optou por compartilhar as doações ajudando os vizinhos que também sofrem com a nova onda da pandemia.
Mesmo com todas as dificuldades para fazer as entregas, Baiano deixa claro que não desanimou e vai continuar buscando formas de unir a comunidade em ações para ajudar as pessoas:
“Quem me acompanha sabe que eu sempre tento retribuir para comunidade parte do que estou conquistando. Sei que é fruto do meu trabalho, mas penso que sempre temos que agradecer por estarmos bem e podendo crescer profissionalmente, e o CBolão é manifestação desse sentimento não apenas meu, mas de toda comunidade”
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