Sempre que estou procurando por novos jogos de RPG, acabo fazendo uma busca nas minhas memórias, com vistas a explorar algumas referências clássicas e definir as características que eu gostaria de encontrar em uma aventura moderna.
E esse, creio eu, é um raciocínio que muitos players veteranos seguem. Afinal, quem jogou os RPGs do passado tem padrões muito bem definidos e acaba sempre querendo reviver as ótimas experiências que certos jogos proporcionaram no passado.
Por conta disso, resolvi criar uma lista com jogos de RPG relativamente novos, mas que remetem aos grandes clássicos de formas bem interessantes. Logicamente, deixei de lado os jogos de franquias famosas, remakes e remasters, já que a intenção é apresentar novas aventuras… vamos conferir?
Battle Chasers: Nightwar (2017)
Para abrir esta lista com jogos de RPG que remetem a grandes clássicos, apresento o excelente Battle Chasers: Nightwar. Esse é um título que eu zerei recentemente e que conseguiu prender a minha atenção com o seu sistema de combates em turnos, seu visual extremamente bem feito e seus personagens.
O game remete a diversos clássicos, pois suas construções variam bastante. Durante a exploração, encontramos dungeons dignas do lendário Diablo. Nas batalhas, os velhos RPGs japoneses é que são o ponto de referência. Enfim, esse é um título que sintetiza perfeitamente a ideia desta lista.
Wolcen: Lords of Mayhem (2020)
Já que citei o lendário Diablo, acredito que seja uma boa ideia incluir Wolcen: Lords of Mayhem nesta seleção. O jogo conta com construções que lembram o game da Blizzard de muitas formas, mas oferece algumas mecânicas diferenciadas e uma história bem envolvente.
Dentre os principais destaques de Wolcen: Lords of Mayhem, posso citar os belos cenários, os combates desafiadores e a grande liberdade dada aos players, no que tange ao desenvolvimento dos personagens. Esse é aquele tipo de jogo no qual a árvore de habilidades acaba envolvendo os aventureiros.
Indivisible (2019)
Falemos agora de um indie que conseguiu me surpreender de uma maneira muito positiva: Indivisible. O título apresenta um visual atrativo (os desenhos são ótimos) e chama a atenção por contar com um sistema de combates que remete ao primeiro Valkyrie Profile.
Com essa poderosa referência e suas estruturas dignas de grandes jogos de plataforma, Indivisible se posiciona como uma grande opção para quem curte RPGs. Além do mais, a narrativa é muito bem construída e consegue envolver o player do início ao fim. Vale a pena conferir!
CrossCode (2018)
CrossCode é mais um game que consegue resumir perfeitamente a ideia básica desta lista. Esse título indie tem o poder de transportar o player para a primeira metade da década de 1990, ou seja, para uma época na qual jogos como Chrono Trigger e Secret of Mana “davam as cartas”.
Para quem gosta de games construídos com a técnica de pixel art, CrossCode é um espetáculo à parte. Porém, o jogo oferece mais do que um belo visual. Sua história é muito interessante, seu sistema de combates é bem dinâmico e, sem dúvidas, o gameplay é capaz de garantir muitas horas de diversão.
Legrand Legacy: Tale of the Fatebounds (2018)
Para quem também adora um ícone cult chamado The Legend of Dragoon, Legrand Legacy: Tale of the Fatebounds é um título que merece bastante atenção, já que suas construções usaram essa lenda do PS1 como referência. E nem é preciso analisar muito para perceber isso.
Legrand Legacy: Tale of the Fatebounds traz um sistema de combates em turnos muito dinâmico, personagens cativantes e uma trama cheia de conflitos de proporções épicas. Certamente, essa é uma aventura que fica à altura de alguns jogos de RPG que se destacaram no fim da década de 1990.
Symphony of War: The Nephilim Saga (2022)
Curiosamente, Symphony of War: The Nephilim Saga é o jogo mais recente desta lista, mas é também o que possui as construções que mais remetem aos grandes clássicos do mundo dos RPGs. Na verdade, desde o primeiro momento, o título nos faz recordar da série Fire Emblem.
Ainda assim, graças aos seus sistemas e à sua história cativante, o game consegue se posicionar entre as grandes lendas do gênero de forma muito sólida. Aliás, vale destacar que as análises que os players deixaram para esse jogo são extremamente positivas.
Rakuen (2017)
Rakuen é um game que apresenta uma “roupagem” um tanto quanto infantil, mas consegue deixar os players envolvidos com a história e com os personagens. O título apresenta um visual muito bonito, com a técnica de pixel art “dando as caras” de forma proeminente.
Vale destacar que o game foca na história de um garoto enfermo, que pede à mãe para acompanhá-lo até um mundo de contos de fadas, a fim de tentar realizar um pedido especial. Obviamente, o apelo emocional é enorme, já que as descobertas que o garoto vai fazendo mexem com a vida de todos os pacientes de um hospital. Belo jogo!
Crystal Project (2022)
Em todas as listas que eu crio aqui no The Game Times, faço questão de incluir um título que merecia ser muito mais conhecido do que é. No caso desta seleção, esse game é Crystal Project, que possui algumas ideias inovadoras, mas também encanta por nos fazer lembrar do clássico FFV.
Ao longo da aventura, nos deparamos com muitas situações curiosas e o game ainda tem aquele típico sistema de classes que “nos força” a desbloquear todas as habilidades possíveis. Resumindo, temos aqui uma opção “underrated” que merece ser experimentada com carinho.
Edge of Eternity (2021)
No ponto médio desta lista com jogos de RPG, temos Edge of Eternity, um jogo que usa como referências alguns clássicos modernos, como Lost Odyssey e The Last Remnant. O projeto permaneceu no regime Early Access por um bom tempo e muitas construções foram aprimoradas com base no feedback dos players.
Devido a isso, podemos dizer que Edge of Eternity consegue proporcionar uma jornada épica, com combates altamente estratégicos e um enorme mundo fantasioso a ser explorado. Esse é aquele tipo de jogo que consegue prender a nossa atenção de diversas formas.
Costume Quest 1 e 2 (2011, 2014)
Se considerarmos que um jogo de RPG deve colocar o player para desempenhar um papel (Role-Playing), os jogos Costume Quest 1 e 2 acabam sendo opções muito adequadas para esta seleção. “Digo” isso, pois os personagens do game são crianças que, durante o Dia das Bruxas, enfrentam o mal com suas próprias fantasias.
De modo geral, ambos os jogos têm ótimas batalhas em turnos, nas quais os personagens assumem formas imaginárias, que guardam relação com as suas fantasias. Uma fantasia de robô, por exemplo, faz o personagem se transformar em um mecha de batalha. Em suma, esse é um título que surpreende e encanta.
Monster Sanctuary (2020)
Sob diversas óticas, Monster Sanctuary é um game perfeito para esta lista com jogos de RPG. Em termos de aparência, temos construções que nos fazem lembrar da franquia Castlevania. Daí, passando para as mecânicas, nos deparamos com combates em turnos e sistemas de criação de monstros.
Pois é! O título é um “Pokémon Metroidvania” cheio de sistemas inteligentes e com batalhas realmente desafiadoras. Para completar, não faz muito tempo, a aventura ganhou uma localização em PT-BR, ou seja, os jogadores brasileiros não precisam se preocupar com as “barreiras do idioma”.
Chroma Squad (2015)
E se você gosta de apoiar os jogos brasileiros, eis aqui o excelente Chroma Squad. Sim, esse é um produto 100% brasileiro, que consegue arrebatar os players com sua premissa criativa e com um gameplay que remete a grandes RPGs táticos, como Front Mission e Tactics Ogre.
Em Chroma Squad, o player acompanha a história de cinco dublês que decidem abandonar seus empregos para criar seu próprio estúdio de TV e lançar um programa semelhante ao dos Power Rangers! A partir dessa ideia, tudo se desenrola com muito humor e conflitos bastante estratégicos. Grande jogo!
Urtuk: The Desolation (2021)
Mantendo o foco em jogos mais estratégicos, cito agora o ótimo Urtuk: The Desolation, que conta com um estilo artístico muito bonito e remete aos clássicos games da franquia Heroes of Might and Magic e a um título desconhecido do PS1, chamado Master of Monsters.
De uma forma bem resumida, Urtuk: The Desolation apresenta mapas divididos em hexágonos e promove conflitos entre exércitos de criaturas e guerreiros. Por apresentar um padrão visual um tanto quanto sombrio, o jogo acaba criando um clima um pouco mais pesado, o que torna a jornada bem peculiar.
I Am Setsuna (2016)
Falar de RPGs modernos que remetem a grandes clássicos e não citar algum jogo da Tokyo RPG Factory seria um pecado. Afinal, essa desenvolvedora é uma divisão da Square Enix que se dedica justamente à criação de jogos de RPG “à moda antiga”. Nesse caso, cito I Am Setsuna.
Dotado de construções dignas dos grandes clássicos e exibindo influências retiradas diretamente de Chrono Trigger, I Am Setsuna conta uma história cativante e realmente promove uma viagem ao passado. Seja na exploração ou nos combates, o game é um “prato cheio” para os players mais veteranos.
For The King (2018)
For The King é um daqueles jogos que conseguem transportar a experiência dos jogos de tabuleiros e RPGs de mesa para o mundo digital. Por esse motivo, sua presença nesta lista é praticamente obrigatória. Isto é, o game traz sistemas capazes de deixar qualquer fã de RPGs bem animado.
No que tange à sua história, For The King consegue oferecer uma narrativa bem imersiva, na qual o player assume o papel de defensor de um reino cujo rei acabou de morrer. Esse título é um híbrido de RPG estratégico e JRPG e ainda é uma ótima opção para quem curte “jogos para dois”.
Fell Seal: Arbiter’s Mark (2019)
Quem amou o lendário Final Fantasy Tactics não pode deixar de conferir o ótimo Fell Seal: Arbiter’s Mark de forma alguma! Não, não estou exagerando. Essa é uma aventura perfeita para fãs de RPGs táticos. Detalhe: o sistema de jobs é um espetáculo à parte.
Sem tentar esconder a influência de FFT, Fell Seal: Arbiter’s Mark oferece combates estratégicos e uma trama que envolve seres superiores e corrupção. O jogo oferece sistemas que incitam o player a fazer de tudo para desbloquear novas opções para deixar a sua equipe de heróis mais forte. Imperdível!
Yakuza: Like a Dragon (2020)
Para arrematar esta lista em grande estilo, temos um dos meus jogos favoritos: Yakuza: Like a Dragon. E só para constar, o termo “Like a Dragon” presente no título é uma referência aos jogos da clássica franquia Dragon Quest (que são citados diversas vezes na aventura).
Mesmo focando nos contextos típicos da franquia Yakuza, o game oferece sistemas capazes de prender a atenção de qualquer amante de jogos de RPG, sem contar que os combates em turnos são bem divertidos. E, claro, como costuma acontecer com os melhores jogos do gênero, o time de personagens dá um show.
E não deixe de indicar outros jogos de RPG “à moda antiga”!
Como pôde notar, os títulos apresentados nesta lista foram completamente influenciados por grandes clássicos do passado. Sabendo disso, você terá maior facilidade para decidir qual será a sua próxima jornada, uma vez que bastará checar as “referências de cada opção” e ver se elas “batem” com o seu estilo.
De qualquer forma, como fã de jogos de RPG, fico feliz por ter tantos títulos de qualidade à disposição (e espero que você também fique). Para finalizar, gostaria de lhe pedir para compartilhar este post e fazer mais algumas sugestões, a fim de deixar a seleção ainda mais atrativa. Até a próxima…