17 Jogos Indie que superam muitos jogos AAA

Jogos Indie (Imagem do jodo Children of Morta)

Quando falamos em jogos indie, geralmente nos referimos a projetos dotados de orçamentos reduzidos e assinados por desenvolvedoras que não pertencem ao grupo das “gigantes da indústria”.

E sim, ao contrário do que a falta de recursos para a produção poderia sugerir, muitos desses games acabam apresentando níveis de qualidade absurdos. Pois é! Os projetos criados por desenvolvedoras independentes são a prova de que a criatividade ainda é a força motriz do mundo dos games (e não o dinheiro).

Aliás, foi para deixar isso muito claro que eu resolvi montar esta seleção. Como irá notar, separei aqui 17 jogos indie que apresentam níveis de qualidade muito superiores a certos jogos AAA… vamos dar uma olhada?

Terraria (2011)

 

Dando um “start” nesta lista com jogos indie de qualidade inquestionável, temos o aclamado Terraria. Esse título pode ser considerado como um dos primeiros exemplos do “poder de fogo” da galera indie, no que tange à produção de jogos criativos.

Em Terraria, somos colocados em planetas hostis e temos que fazer de tudo para sobreviver. Apesar dos gráficos modestos (que são perfeitos para quem busca por jogos para PC fraco), o título esbanja criatividade e consegue garantir muitas horas de gameplay. Não à toa, o game é um dos mais bem avaliados da história da Steam.

Untitled Goose Game (2019)

Despontando como uma das grandes surpresas de 2019, Untitled Goose Game conseguiu alcançar números altíssimos e foi muito bem classificado pelos players e pela mídia especializada. E o mais interessante é que, em termos estruturais, o jogo é extremamente simples.

Em linhas gerais, esse título nos dá o poder de controlar um “ganso pentelho”, que tem liberdade para vagar por um vilarejo e pregar peças nos moradores. A ideia é bem curiosa e o game parece até não ser interessante à primeira vista, mas, quando damos uma chance a ele, ficamos viciados.

Undertale (2015)

Falando em jogos muito bem avaliados, temos Undertale. Esse é um RPG cujos gráficos são extremamente simples. Por isso, em um primeiro momento, podemos até pensar que a aventura não será épica. No entanto, assim que acompanhamos os primeiros momentos da aventura, somos arrebatados.

De modo geral, podemos dizer que Undertale representa os jogos indie com propriedade. Suas construções são simples, mas a história é cativante, as mecânicas são muito originais e a trilha sonora é um espetáculo à parte. Sem dúvidas, esse é um jogo obrigatório para quem é fã de jogos de RPG.

Disco Elysium (2019)

Outro RPG obrigatório para os fãs do gênero é Disco Elysium. Nessa aventura, a gente assume o controle de um detetive que se envolve com os mais diversos casos. E como somos nós que estamos no controle, são os nossos valores que definem o destino do personagem.

Por ter uma pegada bem puxada para o lado dos RPGs de mesa, Disco Elysium oferece uma grande quantidade de textos e uma narrativa bastante complexa, nas quais as escolhas dos players realmente têm impacto nos desfechos. Em suma, esse é um jogo digno de nota.

Stardew Valley (2016)

Inspirado nos jogos da lendária franquia Harvest Moon, Stardew Valley pode ser descrito inicialmente como um daqueles “jogos de fazendinha”. Porém, quando decidimos nos envolver com o título, percebemos que ele possui mecânicas que vão muito além desse rótulo.

Stardew Valley oferece inúmeras opções de entretenimento e acaba se encaixando em diversos gêneros. Aventura, RPG, simulador rural, simulador da vida real, enfim… esse game é um “pacote completo” para quem busca uma experiência leve, mas muito envolvente.

Overcooked (2016)

Por ser uma das experiências cooperativas mais interessantes lançadas nos últimos anos, Overcooked não poderia ficar de fora desta lista de jogos indie. O game oferece uma experiência memorável, na qual os players devem assumir o controle de um restaurante e entregar os pedidos dentro do limite de tempo.

Logicamente, os desafios não são nada fáceis. Na verdade, como se atender aos pedidos com celeridade já não fosse complicado, ainda temos diversos obstáculos nas fases, coisas pegando fogo, cenários que vão se alterando com o passar do tempo e muito mais. Esse game é uma garantia de diversão.

Slay The Spire (2019)

Nos últimos tempos, jogos roguelike com cartas têm sido lançados de forma massiva. Contudo, me lembro muito bem que Slay The Spire foi um pioneiro entre os jogos desse tipo. E mais, posso dizer que o título continua sendo uma das melhores opções para quem curte a ideia.

De forma resumida, o jogo desafia os players a subirem até o topo de uma torre, com vistas a derrotar um terrível adversário. Ao longo da subida, nos deparamos com inimigos, tesouros, armadilhas e alguns dilemas. Todas as batalhas são realizadas com cartas e a derrota significa ter que começar do início. Que jogo!

Dead Cells (2018)

Para quem é fã de jogos metroidvania, Dead Cells é um exemplo de como as coisas podem ficar complicadas, quando adicionamos ao gênero elementos dos chamados jogos roguelike. Além do mais, em termos de ação e movimentação, o jogo dispensa comentários.

Nessa aventura, entramos na pele de um homúnculo que assume o controle sobre um cadáver e tem que superar diversos adversários para fugir de uma masmorra. Como eu destaquei, a missão não é nada fácil e qualquer deslize é punido de forma brutal. Resumindo, Dead Cells é um jogo incrível.

Children of Morta (2019)

Falemos agora do incrível Children of Morta. Quando experimentei esse jogo pela primeira vez, fiquei impressionado com a maestria dos devs, no que diz respeito à utilização das técnicas de pixel art. O jogo não tem os melhores gráficos do mundo, mas transmite emoções de uma forma única.

Daí, quando passei a entender o gameplay, fui arrebatado. O título é bem desafiador, mas apresenta mecânicas dignas de grandes Action RPGs e sua história consegue envolver os aventureiros do início ao fim. Detalhe: alguns elementos típicos dos jogos roguelike ainda fazem parte do “pacote”. Não deixe de conferir.

Cris Tales (2021)

Voltando a falar sobre RPGs, temos Cris Tales. O game exibe um estilo visual muito singular e consegue chamar a atenção por conta da presença de mecânicas relacionadas com viagens no tempo. Melhor ainda, até mesmo os combates são impactados pela habilidade de voltar ao passado ou ir até o futuro.

Com uma história que apresenta algumas reviravoltas surpreendentes, o jogo remete aos clássicos JRPGs da era do Super Nintendo e a alguns dos melhores jogos de PS1, o que o faz merecer total atenção. Assim sendo, se você é fã dos jogos que brilharam nos referidos consoles, é bom não deixar de curtir o game.

The Binding of Isaac (2011)

The Binding of Isaac é aquele tipo de jogo que não se tornou extremamente badalado, mas conseguiu alcançar um status “cult” na visão de muitos fãs. Ademais, não seria exagero algum dizer que essa aventura foi uma das que abriram as portas para o sucesso dos jogos indie lançados nos últimos anos.

Apresentando uma história bem pesada (que acaba sendo suavizada pelos gráficos caricatos), o game encanta com as suas fases desafiadores e a utilização de mecânicas típicas dos jogos roguelike. Para completar, ainda temos uma série de DLCs e finais diferentes, o que aumenta ainda o apelo do título de forma substancial.

Cuphead (2017)

Sob muitas óticas, Cuphead é um jogo brilhante! Essa afirmativa pode parecer um pouco exagerada, mas (confie em mim) não é. Para começar, estamos falando de um game completamente desenhado à mão e com desafios que podem deixar até mesmo os mais habilidosos em apuros.

Daí, temos o estilo visual único (que remete aos desenhos da década de 1930), a história e os personagens. Ao contrário do que o visual simpático sugere, Cuphead tem um lado sombrio, já que os heróis embarcam na aventura, pois estão em dívida com aquele que todos conhecem como “O Diabo”. Que jogo!

Salt and Sanctuary (2016)

Descrito por muitos como um legítimo “Dark Souls 2D”, Salt and Sanctuary é um  jogo que gera muitas frustrações (especialmente nos confrontos com os chefões), mas consegue prender a atenção dos aventureiros do início ao fim, sem contar que o seu visual sombrio é um espetáculo à parte.

Ao longo da jornada, assumimos o papel de um náufrago que desperta em uma ilha misteriosa, na qual diversos perigos estão à espreita. Pessoalmente, acredito que esse é um dos melhores jogos indie que eu já joguei. Então, recomendo-o fortemente.

https://www.youtube.com/watch?v=iLrWiRBKvbs

Celeste (2018)

Sendo o jogo indie que mais se destacou em um ano cheio de destaques no segmento, Celeste não poderia ficar de fora desta lista. O título é um exemplo de como os jogos de plataforma ainda podem ser atrativos e desafiadores. Além do mais, o level design desse jogo é absurdo.

Com fases extremamente desafiadoras, nas quais temos que superar obstáculos com saltos e muita precisão, o game ainda consegue cativar os players com a personagem Madeline e os mistérios que são revelados ao longo da jornada. Por isso, podemos dizer que essa é uma alternativa obrigatória.

Hollow Knight (2017)

Reconhecido por ser uma aventura bem difícil de ser superada, Hollow Knight também é um verdadeiro fenômeno do mundo indie. Nesse metroidvania, encontramos cenários desenhados à mão, um personagem principal digno de nota e uma história rica em elementos emocionantes.

Vale lembrar que o título fez tanto sucesso junto aos players, que uma sequência já está em desenvolvimento e a ansiedade está em níveis alarmantes. De qualquer forma, o fato é que estamos falando de uma aventura obrigatória para players dos mais diversos estilos.

https://www.youtube.com/watch?v=mBajIrZDnh0

This War of Mine (2014)

Se esta fosse uma seleção com jogos indie que alcançaram o “estado da arte”, This War of Mine seria um dos nomes citados. Esse é um dos meus jogos favoritos e esse favoritismo guarda relação com o fato de a aventura incitar uma série de reflexões profundas.

This War of Mine é um jogo de guerra, mas nos coloca no controle de civis, ou seja, ele nos força a sentir os impactos de um conflito armado. Em diversas ocasiões, temos que tomar decisões complicadas e os dilemas morais propostos são bem profundos. Sem exagero, esse é que todos deveriam experimentar.

Hades (2020)

Fechando esta lista com jogos indie melhores do que muitos dos famigerados jogos AAA, temos Hades. Esse é um título que “abocanhou” diversos prêmios e continua sendo uma opção capaz de prender a atenção dos players por horas e horas 9sem perder o apelo).

Em síntese, o game nos coloca no controle de Zagreus, filho do deus Hades. O jovem deus está tentando fugir do mundo inferior (da mitologia grega), mas os desafios que surgem em seu caminho não são nada fáceis. Sem contar que o próprio pai aparece no fim para um confronto brutal. Lenda!

Ajude a aprimorar esta lista com jogos indie!

Considerando os títulos que eu citei nesta lista com belos jogos indie, tenho certeza que o nível de qualidade da seleção ficou com uma média muito elevada. Contudo, o mundo indie é repleto de grandes jogos e eu sei que a quantidade de menções poderia ser ainda maior.

Por conta disso, gostaria de pedir a sua ajuda. Isto é, se puder compartilhar o post e citar outros jogos indie memoráveis, vou ficar muito grato. Desse modo, poderemos dar a outros players a conhecer as belas pérolas desse segmento tão incrível. E é isso! Vou ficar no aguardo da sua participação. Até a próxima…

Sair da versão mobile