Desde 2014, o The Game Awards vem definindo os jogos do ano e imortalizando algumas lendas da indústria. Porém, em diversas edições do evento, tivemos alguns títulos que também mereciam o troféu (em alguns casos, até mais do que os legítimos vencedores) e não venceram.
E essas situações, claro, abrem margem para diversas discussões, o que acaba fazendo a premiação organizada por Geoff Keighley se tornar ainda mais relevante. Não à toa, todo grande lançamento que surge ao longo dos anos costuma ser apontado como candidato ao prêmio GOTY (Game of the Year).
Sabendo disso, eu resolvi montar esta lista para apresentar todos os jogos do ano do The Game Awards e alguns games que também mereciam o troféu. Desse modo, você poderá verificar que algumas “injustiças” também marcaram a história do evento… vamos começar?
Dragon Age: Inquisition (2014)
Abrindo esta lista com os jogos do ano do The Game Awards, temos o lendário Dragon Age: Inquisition. Esse RPG de ação funciona como uma sequência para os ótimos Dragon Age: Origins e Dragon Age II, e apresenta um nível de refinamento superior, posicionando-se como o ápice da franquia.
A história é inspirada na era da Inquisição e muitos consideram o game como um dos melhores jogos de RPG de todos os tempos. Além disso, o mundo fantasioso medieval do título é um verdadeiro espetáculo e nos deixa com uma profunda vontade de explorar todos os cantos.
The Witcher 3: Wild Hunt (2015)
Outro grande RPG de ação que ficou com o prêmio GOTY foi The Witcher 3: Wild Hunt. O título também é classificado por muitos como um dos maiores representantes do subgênero, em toda a história, e foi o responsável por elevar Geralt de Rivia ao nível de outros personagens lendários do mundo dos games.
Esse jogo apresenta uma jogabilidade não linear que acaba dando aos players uma liberdade absurda para viver as aventuras do jeito que eles quiserem. Os combates, por sua vez, são muito movimentados e ainda temos um mundo aberto incrível para explorar.
Bloodborne (2015)
Apesar de The Witcher 3: Wild Hunt ter merecido o prêmio GOTY, Bloodborne disputou o troféu em 2015 e acho que ninguém iria reclamar se o jogo tivesse sido o vencedor. Afinal, estamos falando de uma verdadeira lenda do grupo dos jogos soulslike (ou soulsborne, como alguns costumam dizer).
Ao longo dessa aventura, temos a chance de explorar cenários sombrios, que escondem perigos capazes de abreviar a história de uma hora para a outra. Os combates do jogo são bem desafiadores e costumam gerar algumas frustrações, mas nada que nos impeça de amar o título.
Overwatch (2016)
Dentre todos os jogos do ano que marcaram a história do The Game Awards, Overwatch é aquele que mais é questionado pelos players. O título competiu com lendas como Doom, Titanfall 2 e Uncharted 4: A Thief’s End e acabou levando a melhor no fim das contas.
Hoje em dia, Overwatch nem existe mais, já que a Blizzard substituiu o game quando promoveu a estreia do controverso Overwatch 2. E não, não estou dizendo que o jogo é ruim. Pelo contrário, enquanto esteve em atividade, o título fez a alegria de muita gente com seus conflitos eletrizantes.
The Legend of Zelda: Breath of The Wild (2017)
Colocando a lendária série de jogos da Nintendo em uma nova era, The Legend of Zelda: Breath of The Wild encantou a galera gamer de diversas formas. O mundo aberto impecável e a jogabilidade não linear aumentaram as possibilidades do gameplay de forma surreal e não há quem não curta a aventura protagonizada pelo icônico Link.
Vale lembrar que o game fez tanto sucesso que acabou recebendo uma sequência direta, chamada The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom e muitas das suas mecânicas inovadoras foram reaproveitadas. Sem dúvidas, esse é um daqueles games que todos devem experimentar pelo menos uma vez na vida.
Persona 5 (2017)
É bem verdade que a vitória de The Legend of Zelda: Breath of The Wild não precisa ser questionada, mas não podemos nos esquecer do fato de o lendário Persona 5 também ter entrado no páreo (com merecimento). O título é um JRPG de altíssimo nível e até hoje é lembrado com muito carinho pelos jogadores.
Para você ter uma ideia, Persona 5 marcou a indústria de tal forma, que diversos jogos usam algumas das suas mecânicas como fonte de inspiração e alguns spin-offs já foram liberados e seguem atraindo a atenção de muita gente. Detalhe: o incrível Persona 3 Reload também pega muitas coisas emprestadas desse ícone cult.
God of War (2018)
Após ter “tocado o terror” na Grécia, o icônico Kratos foi viver uma aventura nas terras do povo nórdico e entrou para a história. Pois é! God of War foi eleito o GOTY em 2018 e sua vitória “fez barulho”, já que os games que estavam no páreo eram todos muito bons.
De todo modo, o fato é que o título oferece uma experiência narrativa incrível, que ainda conta com o apoio de belos gráficos e sistemas de combate capazes de deixar qualquer player cheio de empolgação. E só para constar, a sequência do game também é ótima, mas acabou não vencendo o prêmio GOTY em 2022.
Red Dead Redemption 2 (2018)
Longe de mim querer questionar a vitória do excelente God of War, mas até hoje há players afirmando que Red Dead Redemption 2 tinha que ter sido o GOTY de 2018. De fato, o game apresenta um nível de qualidade absurdo e merecia um lugar na lista com os jogos do ano do The Game Awards.
O título apresenta cenários baseados no Velho Oeste e conta uma história muito envolvente, sem cotar que o mundo aberto é enorme e temos total liberdade para encarar a aventura do nosso jeito. Enfim, podemos dizer que o game é um “Rei Sem Coroa”.
Sekiro: Shadows Die Twice (2019)
A FromSoftware “bateu na trave” em diversas ocasiões, mas, em 2019, a glória veio. E veio de forma merecida, já que Sekiro: Shadows Die Twice é um game incrível, que combina as mecânicas típicas dos jogos soulslike com elementos oriundos de outros gêneros, o que atraiu muita gente.
E como se isso não fosse o bastante, o game ainda apresenta uma bela história e aquele nível de dificuldade que costuma fazer a alegria dos players mais hardcore. Com toda a certeza, esse é um daqueles games que merecem o selo de “obrigatório”.
The Last of Us Part II (2020)
E por falar em aventuras obrigatórias, temos aqui o incrível The Last of Us Part II, que até recebeu uma versão remasterizada neste ano de 2024. O game expandiu as ideias do seu antecessor de uma forma impecável e transformou a personagem Ellie em um ícone dos games.
Cabe ressaltar que alguns momentos da história desse game dividem opiniões até hoje, mas todos concordam que a experiência é épica. Lembrando que a versão remasterizada apresenta tudo com algumas melhorias e ainda conta com um modo de jogo roguelike que é viciante. Não deixe de conferir.
Hades (2020)
Na minha visão, o ano de 2020 foi aquele que contou com mais games de peso brigando pelo troféu GOTY. E nesse caso, um game que merecia ter ficado com o prêmio foi Hades. O roguelike apresenta tudo aquilo que os grandes clássicos costumam apresentar e seu gameplay é simplesmente arrebatador.
Nessa aventura, assumimos o controle sobre o personagem Zagreus, que é filho do Deus Hades, e decide fugir do submundo. Contudo, a missão não é nada fácil e a gente acaba morrendo diversas vezes, o que nos força a reiniciar a aventura do ponto de partida.
It Takes Two (2021)
Dentre todos os jogos do ano do The Game Awards, It Takes Two foi um dos menos esperados. E sim, o game ganhou o troféu com méritos, mas suas ideias são mais nichadas e suas construções gráficas não apresentam aquele perfil AAA que marca os vencedores da premiação.
Bem, o fato é que o game ganhou e merece atenção, pois consegue garantir uma experiência cooperativa memorável, com direito a uma história que mexe com as emoções de todos os jogadores. Certamente, esse é um título que muitos guardam com carinho em suas memórias.
Elden Ring (2022)
Vencedor de centenas de troféus de Melhor Jogo do Ano, Elden Ring já é um dos maiores de todos os tempos e o fato de o jogo ter superado o incrível God of War Ragnarok “na final” acaba aumentando ainda mais o seu apelo. E mais, com essa vitória, a FromSoftware se tornou a única “bicampeã” do GOTY do The Game Awards.
E se pararmos para analisar, todas as glórias que o game recebeu estão mais do que justificadas, o título é um legítimo soulslike, que apresenta um mundo impecável, combates eletrizantes (e bem desafiadores), uma bela história e mais uma boa série de atrativos. Resumindo, uma verdadeira lenda.
Alan Wake 2 (2023)
Dando continuidade à história protagonizada pelo icônico Alan Wake, Alan Wake 2 conseguiu deixar muitos players boquiabertos, com seu visual impecável e suas passagens sombrias. Além do mais, a adição de uma nova personagem criou uma dinâmica excelente.
De modo geral, o game pode ser descrito como um survival horror de terceira pessoa e a forma como sua bela história é apresentada acaba encantando. Para completar, tudo parece funcionar de forma perfeita, com um nível de otimização digno dos melhores games. Todavia, o game não foi o GOTY de 2023.
Baldur’s Gate 3 (2023)
Arrematando esta lista com os jogos do ano do The Game Awards e alguns “vices”, temos Baldur’s Gate 3. O game conseguiu realizar a façanha de superar o incrível Alan Wake 2 e até hoje segue registrando números impressionantes, no que diz respeito à quantidade de jogadores simultâneos.
Garantindo uma experiência “role-playing” do mais alto nível, Baldur’s Gate 3 ainda apresenta uma boa série de personagens memoráveis, combates em turnos muito estratégicos e algumas situações controversas que acabam aumentando o seu charme. Em síntese, o game é um GOTY inquestionável.
E quais serão os próximos jogos do ano?
Como pôde perceber, games lendários ficaram com o troféu GOTY do The Game Awards 2023, mas algumas aventuras de peso acabaram ficando sem receber as devidas honrarias, o que mostra que os devs continuam criando jogos incríveis e as próximas edições da premiação deverão ter “boas brigas”.
E é isso! Agora você já sabe quais são os jogos do ano que marcaram a história do The Game Awards e quais games mereciam ter ficado com o troféu máximo, mas não ganharam. Por fim, peço que não deixe de compartilhar o post, indicando quais jogos você acha que serão os próximos GOTYs. Conto com o seu apoio. Até a próxima…